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Saiba o impacto do bullying na educação e no trabalho

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019, realizada pelo IBGE, 23% dos estudantes de 13 a 17 anos afirmaram ter sofrido bullying na escola nos 30 dias anteriores à pesquisa. Em contrapartida, 12% dos alunos na mesma faixa etária admitiram ter praticado essa violência no mesmo período.

Bullying
Bullying
Bullying

Você sabe o que é Bullying? Também chamado de intimidação ou “zoeira”, o bullying é lido como todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou um grupo de pessoas, com o intuito de intimidá-la ou agredi-la, de forma física, emocional ou psicológica.

Realidade preocupante

Uma pesquisa nacional do Instituto DataSenado revelou que cerca de 6,7 milhões de estudantes sofreram algum tipo de violência escolar nos últimos 12 meses. Esse levantamento destaca a gravidade do problema e a necessidade de políticas eficazes para abordar as causas do bullying e apoiar tanto as vítimas quanto os agressores.

Em resposta a essa preocupante realidade, foi criada em janeiro de 2024 a Lei 4.811, que prevê penas de reclusão e multa para casos mais graves de bullying e
cyberbullying (cometido por meios digitais). Essa legislação procura combater a violência física e psicológica no ambiente escolar e online, promovendo um ambiente mais seguro para todos os estudantes.

Para a coordenadora do curso de Psicologia da Universidade Santo Amaro (Unisa), Cintia Madeira Sanchez, é fundamental que os familiares estejam atentos ao comportamento dos adolescentes. “É importante a família estar atenta a alguns sinais e mudanças de comportamento do adolescente, como não querer sair de casa, participar menos de atividades sociais e apresentar queda no rendimento escolar. É importante se aproximar para identificar a situação,” explica Sanchez.


Além disso, mudanças no comportamento, como não querer ir à escola, também são sinais de alerta. Conversar e compreender o adolescente é fundamental.

Sanchez também destaca a importância de buscar ajuda antes que a situação se agrave. “Muitas vezes, os adolescentes saem da sala de aula e vão para as redes sociais e WhatsApp. Nesse universo virtual, os grupos de WhatsApp podem agravar o bullying. Por isso, é importante estar sempre alerta e oferecer acolhimento,” conclui a coordenadora.

A psicóloga explica que engana-se quem pensa que o bullying está restrito às salas de aula. “Hoje, a prática do bullying também é percebida no ambiente de
trabalho e afeta a saúde mental dos funcionários”, comenta a especialista. No ambiente corporativo, o bullying pode levar à queda na produtividade, além de
impactar negativamente o clima e a cultura organizacional da empresa.

Entenda como identificar o bullying no trabalho:

Bullying
  • – Assédio moral vertical: Quando um superior hierárquico usa sua posição de poder
    para intimidar ou prejudicar um subordinado. Isso pode incluir gritos, ofensas,
    críticas severas, delegação de tarefas excessivas ou prazos irrealistas.

  • – Assédio moral horizontal: Ocorre entre colegas do mesmo nível hierárquico. Pode
    ser sutil e muitas vezes passa despercebido. Exemplos incluem esconder
    informações, espalhar rumores maliciosos ou pegar crédito pelo trabalho alheio.

  • – Assédio moral ascendente: Embora menos comum, ocorre quando subordinados
    se unem para intimidar ou prejudicar um superior. Isso pode incluir ignorar
    instruções deliberadamente, fazer críticas constantes ou formar alianças para
    isolar o superior.

  • Para combater o bullying corporativo, é essencial que as empresas adotem políticas claras contra o assédio, promovam um ambiente de trabalho respeitoso e
    ofereçam suporte às vítimas. A conscientização e o treinamento contínuo também são fundamentais para identificar e prevenir esses comportamentos abusivos.

Unisa contra o Bullyng

A Universidade Santo Amaro tem realizado programas voltados para o apoio psicológico e psicopedagógico dos seus estudantes, por meio do Programa de Apoio ao Estudante (PAES) e do Programa de Atendimento Psicológico da Unisa (PAPU), realizado em parceria com o curso de Psicologia da instituição. A universidade também oferece apoio psicológico aos funcionários pelo Programa de Saúde Mental da Unisa (PSMU).

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